MCQUADE, O LOBO SOLITÁRIO não é somente um dos melhores filmes estrelados pelo Chuck Norris, é também uma das mais eficazes misturas de spaghetti western com kung fu antes de KILL BILL! Assisti a esta belezinha há muitos anos e não me lembrava de nada, mas fiquei bastante satisfeito, e com um sorrisão durante toda a revisão que fiz recentemente, quando percebi que ele continua tão divertido quanto antes, na época em que este tipo de filme fazia sucesso nas locadoras de vídeos nos anos 80.
O filme apresenta J.J. McQuade (Norris), uma espécie de Dirty Harry do texas, um ranger solitário de uma pequena cidade que procura defender a lei sem seguir as normas, sempre enfurecendo seus superiores, resolvendo os casos à base de chumbo grosso ou de golpes de kung fu. Possui uma filha adolescente que vive com a ex-mulher e um lobo de estimação que serve de companhia nas horas de folga, quando pratica tiro ao alvo. Na trama, McQuade investiga a misteriosa aparição de armamento pesado nas mãos de simples ladrões de cavalos e descobre que está se metendo onde não deve... num grande caso de tráfico de armas.
O problema maior começa quando sua filha vai com o namorado a um lugar isolado para fazer bobiças, mas testemunham um roubo de armas do exército americano e acabam descobertos pelos bandidos, que metralham o pobre rapaz e jogam o carro numa ribanceira com a moça dentro, sobrevivendo por um milagre. Quem lidera a ação é Rawley Wilkes, vivido pelo eterno gafanhoto David Carradine, que se esconde atrás da máscara de homem de negócios e do título de campeão mundial de karatê. Decidido a encontrar os culpados a qualquer custo, McQuade vai em busca de justiça com as próprias mãos, mesmo sendo afastado pelos seus superiores, chegando até Wilkes, que possui um verdadeiro exército a sua disposição.
Eu sei que é difícil de ouvir/ler sobre boas atuações de Chuck Norris; seus filmes ganhavam o publico por causa da ação e pancadaria desenfreada, geralmente não estamos nem aí quanto à capacidade dramática do ator. Ao contrário, o jeitão grosseiro de atuar é que faz o seu charme. Não vou dizer que aqui o sujeito merecia um prêmio de interpretação, mas é na pele de McQuade que ele demonstra que pode (ou poderia) construir um personagem com sentimento e expressividade sem perder a pose de durão. O sujeito realmente tem uma bom desempenho!
O diretor Steve Carver, além de fazer um ótimo filme de ação, acaba realizando uma autentica aula de metalinguagem com os elementos do spaghetti western. Os créditos iniciais e a trilha sonora de Francesco De Masi (compositor de vários filmes deste gênero popular italiano) poderiam passar por um filme dirigido por um Leone ou Corbucci na década de 60. Tanto que meu velho – que assistiu ao filme comigo – nem acreditou quando eu disse que o filme era contemporâneo, até que aparece um helicóptero, logo no inicio, comprovando que eu estava certo. Isso tudo sem contar os enquadramentos e detalhes típicos do western italiano que Carver sempre procura trabalhar.
As sequências de tiroteio, em especial, se revelam muito bem executadas e poderiam ter saído de um bang-bang, não fossem as metralhadoras e as granadas. Já no final, o estilo western é meio que deixado de lado e Chuck Norris se transforma em Braddock, personagem que viveu em MISSION IN ACTION e em outras duas continuações. É nesta sequência que, depois de um tiroteio frenético contra os capangas de Wilkes, temos o clássico e épico confronto entre Norris e Carradine. Ah, bons tempos em que os filmes de ação ainda prezavam por uma boa luta final entre o mocinho e o vilão. E tendo essas duas figuras de respeito encenando socos, pontapés e outros movimentos, a coisa fica ainda mais genial.
Claro que este é aquele tipo de produção onde existem os mesmos clichês de sempre, várias falhas técnicas, os bandidos são péssimos atiradores e só os mocinhos acertam e sobrevivem mesmo estando em menor número, surge de vez em quando alguma situação altamente absurda, como ser enterrado vivo dentro de um carro e conseguir se desenterrar "engatando a primeira", mas para quem quer 90 minutos de diversão inofensiva, MCQUADE, O LOBO SOLITÁRIO é uma ótima pedida, sem dúvida.
O filme apresenta J.J. McQuade (Norris), uma espécie de Dirty Harry do texas, um ranger solitário de uma pequena cidade que procura defender a lei sem seguir as normas, sempre enfurecendo seus superiores, resolvendo os casos à base de chumbo grosso ou de golpes de kung fu. Possui uma filha adolescente que vive com a ex-mulher e um lobo de estimação que serve de companhia nas horas de folga, quando pratica tiro ao alvo. Na trama, McQuade investiga a misteriosa aparição de armamento pesado nas mãos de simples ladrões de cavalos e descobre que está se metendo onde não deve... num grande caso de tráfico de armas.
O problema maior começa quando sua filha vai com o namorado a um lugar isolado para fazer bobiças, mas testemunham um roubo de armas do exército americano e acabam descobertos pelos bandidos, que metralham o pobre rapaz e jogam o carro numa ribanceira com a moça dentro, sobrevivendo por um milagre. Quem lidera a ação é Rawley Wilkes, vivido pelo eterno gafanhoto David Carradine, que se esconde atrás da máscara de homem de negócios e do título de campeão mundial de karatê. Decidido a encontrar os culpados a qualquer custo, McQuade vai em busca de justiça com as próprias mãos, mesmo sendo afastado pelos seus superiores, chegando até Wilkes, que possui um verdadeiro exército a sua disposição.
Eu sei que é difícil de ouvir/ler sobre boas atuações de Chuck Norris; seus filmes ganhavam o publico por causa da ação e pancadaria desenfreada, geralmente não estamos nem aí quanto à capacidade dramática do ator. Ao contrário, o jeitão grosseiro de atuar é que faz o seu charme. Não vou dizer que aqui o sujeito merecia um prêmio de interpretação, mas é na pele de McQuade que ele demonstra que pode (ou poderia) construir um personagem com sentimento e expressividade sem perder a pose de durão. O sujeito realmente tem uma bom desempenho!
O diretor Steve Carver, além de fazer um ótimo filme de ação, acaba realizando uma autentica aula de metalinguagem com os elementos do spaghetti western. Os créditos iniciais e a trilha sonora de Francesco De Masi (compositor de vários filmes deste gênero popular italiano) poderiam passar por um filme dirigido por um Leone ou Corbucci na década de 60. Tanto que meu velho – que assistiu ao filme comigo – nem acreditou quando eu disse que o filme era contemporâneo, até que aparece um helicóptero, logo no inicio, comprovando que eu estava certo. Isso tudo sem contar os enquadramentos e detalhes típicos do western italiano que Carver sempre procura trabalhar.
As sequências de tiroteio, em especial, se revelam muito bem executadas e poderiam ter saído de um bang-bang, não fossem as metralhadoras e as granadas. Já no final, o estilo western é meio que deixado de lado e Chuck Norris se transforma em Braddock, personagem que viveu em MISSION IN ACTION e em outras duas continuações. É nesta sequência que, depois de um tiroteio frenético contra os capangas de Wilkes, temos o clássico e épico confronto entre Norris e Carradine. Ah, bons tempos em que os filmes de ação ainda prezavam por uma boa luta final entre o mocinho e o vilão. E tendo essas duas figuras de respeito encenando socos, pontapés e outros movimentos, a coisa fica ainda mais genial.
Claro que este é aquele tipo de produção onde existem os mesmos clichês de sempre, várias falhas técnicas, os bandidos são péssimos atiradores e só os mocinhos acertam e sobrevivem mesmo estando em menor número, surge de vez em quando alguma situação altamente absurda, como ser enterrado vivo dentro de um carro e conseguir se desenterrar "engatando a primeira", mas para quem quer 90 minutos de diversão inofensiva, MCQUADE, O LOBO SOLITÁRIO é uma ótima pedida, sem dúvida.
Como eu ainda não ví essa pérola ? Chuck Norris + Davd "Gafanhoto" Carradine ... nossa vou ter que ver rsrs.
ResponderExcluirÉ por isso que eu adoro a blogosfera! Já vou procurar por esse filme na internet!
ResponderExcluirfaz tempo, mto tempo mesmo que não vejo nada com o norris.
ResponderExcluirVi ele quando era garoto... Tá mais do que da hora de uma revisão...
ResponderExcluirAcho esse o melhor do Norris, ao lado de "Código do Silêncio". Eu tinha escrito sobre ele ainda nos tempos do meu Multiply, mas qualquer hora dessas resgato o texto para o meu blog.
ResponderExcluirE poucos diretores foram tão felizes em fazer um "western spaghetti contemporâneo" quanto o diretor desse filme, que por sinal sumiu do mapa. Mais uma prova daquele velho ditado: "De onde não se espera que vai sair nada..."
Clássico dos clássicos!! Preciso rever.
ResponderExcluirSteve Carver também fez o ótimo e esquecido CAPONE com Ben Gazzara e Sylvester Stallone.
Convenceu-me a rever. Vi quando era moleque e adorei, mas sempre fiquei com receio de rever e me decepcionar (como aconteceu com alguns clássicos da adolescência que achei muito sem graça quando revi).
ResponderExcluirTOTALMENTE OFF ao teu post:
ResponderExcluirIndiquei vc para receber um selo de qualidade pelo seu trabalho no blog ... passa lá no meu e retire seu presente rsrs
Pupilo do Bruce Lee vs Caine!
ResponderExcluirThat' sounds gold...
Já lá vão uns anos desde que vi este filme pela última vez. Mais do que a acção mostrada, o que mais me agradou neste McWade foi a trilha sonora. Bem melhor do que muitas coisas que escutamos nos spaghettis.
ResponderExcluirAssim como OPERAÇÃO DRAGÃO com Bruce Lee, MCQUADE é outro filme que me cansei de ver na Sessão das Dez do Silvio Santos.
ResponderExcluirMas quando você tem uns 6 ou 7 anos de idade, não presta muita atenção em roteiro e atuação. O que eu queria ver era porrada, e Chuck Norris me satisfazia muito bem.
Nunca vi MCQUADE em home video, apenas em reprises da TV aberta. Se não me engano pela última vez foi na Record. E assim como você, não me decepcionei em rever este clássico.
Mas a cena em que a mocinha da história aparece do nada limpando a casa imunda do herói e ele ficar irritado com isso, essa achei meio absurda.