Um dos pontos que eu concordo plenamente com quem realmente gosta do filme é a atuação do Wincott. Estou apenas inciando no cinema do cara e, levando em conta seu desempenho, comecei com o pé direito. Na trama ele interpreta Garret, um sujeito que é salvo por um órgão misterioso do governo (chefiado pelo Michael Ironside) após ter 70% de seu corpo queimado num tiroteio. Trancado numa instalação secreta, Garret tem seu corpo e face reconstruidos, realiza treinamentos de combate corporal e armas, sobra tempo até para comer um enfermeira loura e peituda!
O problema é que o diretor David Mitchell e o produtor/roteirista Damian Lee não parecem conseguir acompanhar suas próprias pretensões artísticas. E à medida em que THE KILLING MACHINE se torna uma espécie de filme de ação existencialista, torna-se também um troço extremamente chato e sem ritmo. E não tem coisa mais infeliz que filme de ação sem ação, a não ser que você seja um Walter Hill, Michael Mann, Nicolas Winding Refn, Quentin Tarantino, Johnnie To, etc…
A presença de Michael Ironside é um dos pontos fortes. Mas isso é óbvio, o sujeito é um puta ator e tê-lo num exemplar irregular como esse aqui faz com que seja um grande destaque. No climax final, temos bons tiroteios, algumas sequências de pancadaria, nada fora do comum, mas diverte tranquilamente. Se tivéssemos mais disso durante THE KILLING MACHINE, o saldo seria mais positivo.
E vá lá, o esforço de tentar fazer algo diferenciado dentro do cinema classe B de ação é nobre. Acho importante que isso aconteça de vez em quando. Infelizemente não deu muito certo por aqui e os realizadores não perceberam a tempo.
O roteiro me fez lembrar de "Remo, desarmado e perigoso".
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