Da nova geração de diretores de horror, Ti West surge como um dos mais interessantes com THE INNKEEPERS, filme simples de casa mal assombrada, nada muito original, mas com certa ousadia, o sujeito consegue trabalhar o tema com muito estilo, atmosfera, um elaborado clima de horror que me impressionou bastante, e com personagens tão bem construídos e desenvolvidos que dá até vontade de assisti-los em seus cotidianos e conversando entre si do que vê-los em situações aterradoras. Embora tenha ficado com o c#!$ na mão em algumas sequências assustadoras!
Sim, eu sinto medo vendo bons filmes de horror! E não tenho receio de falar, eu faço questão de sentir medo vendo um bom filme de horror. Se é esse o objetivo da fita, qual é o sentido de assistir sem “borrar as calças”? Tá certo que não é nenhum medo que vá me tirar o meu sono à noite, parece mais uma angústia passageira, mas determinados filmes conseguem trazer fortes sentimentos à tona. E THE INNKEEPERS conseguiu.
A força se concentrar na boa história e ótimos personagens, não quer dizer que as sequências de horror ficam em segundo plano! A maneira como se cria o suspense atmosférico cena a cena até a ruptura, quando o bicho pega prá valer, é de gelar a espinha! Até os sustos, explorados de maneira tão gratuita pelo cinema de terror atual, conseguem fazer sentido e aumentam o batimento cardíaco do espectador neste aqui.
A trama se passa no último fim de semana de um antigo e grande hotel que fechará suas portas por causa do baixo rendimento. Sabe-se da existência de uma alma perturbada que faz parte de uma antiga lenda que cerca o local e temos esse casal protagonista, os últimos funcionários do hotel, curiosos sobre assuntos paranormais, determinados a registrar alguma movimentação do além… é bem interessante esse lance dos personagens irem atrás de situações assustadoras para se divertirem do que fazer uma busca mais séria, mas sem descambar para o humor. Existe apenas um senso de diversão na determinação, especialmente por parte da mocinha (a excelente Sara Paxton), usando esses últimos momentos do hotel para encontrar evidências paranormais.
As sequências das descidas ao porão do hotel, por exemplo, são realmente assustadoras e dão uma sensação forte de claustrofobia. Fazem das cenas hiper-realistas de ATIVIDADE PARANORMAL um programa infantil. É a prova de que uma boa construção dramática de horror é muito mais eficaz e fascinante que essas tentativas de levar uma verdade falsa para a tela… por mais que eu não ache ruim essa série supracitada.
Enfim, não sei se THE INNKEEPERS chegou a passar nos cinemas ou foi lançado de alguma maneira por aqui, mas é um programa imperdível para quem curte exemplares que bebem da fonte sagrada do legítimo horror atmosférico.
Do Ti West assisti o House of the Devil de 2009 e realmente me agoniei com algumas cenas. É um terror bem artesanal, meio vintage, com uma boa construção de atmosfera.
ResponderExcluirPreciso ver esse ainda!
ResponderExcluirPor acaso foi um filme que começou muito bem, mas depois tornou-se um pouco repetitivo e previsível, mas tem momentos de terror sim!
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