30.8.11
26.8.11
ASSASSINATION GAMES (2011)
direção: Ernie Barbarash
roteiro:Aaron Rahsaan Thomas
ASSASSINATION GAMES simplesmente coloca frente a frente – ou lado a lado, como veremos a seguir – Jean Claude Van Damme e Scott Adkins, dois dos maiores astros do cinema de ação classe B da atualidade, num mesmo filme. Isso já aconteceu antes, quando Van Damme enfrentou Adkins em THE SHEPHERD: BORDER PATROL, de Isaac Florentine, e voltará a acontecer no ano que vem com SOLDADO UNIVERSAL 4, de John Hyams. Aqui, os dois interpretam assassinos profissionais que decidem trabalhar juntos depois de perceberem que o próximo alvo de cada um é o mesmo cara. Para o personagem do baixinho belga, a missão é puramente negócios, mas para Adkins, a coisa é pessoal, é vingança!
Apesar disso, o persoangem do Van Damme é mais interessante. Seu nome, segundo o imdb, é Brazil, embora eu não me lembre de tê-lo ouvido durante toda a “projeção”. Ele faz o típico assassino solitário, que vive sozinho em um apartamento chique, que para chegar até ele precisa passar por uma passagem secreta dentro de um apartamento mais humilde… uma espécie de batcaverna de assassinos. Toca violino e fica irritado com a barulheira dos vizinhos e possui uma tartaruga de estimação.
Se tem uma coisa que os filmes de assassinos profissas nos ensinaram foi que os frios matadores sem sentimentos por outros seres humanos quando conhecem uma pessoa, geralmente do outro sexo, amolecem o coração e quebram todas as regras de sobrevivência do manual de assassino. ASSASSINATION GAMES matém o clichê e a vida do protagonista se transforma ao salvar uma prostituta que estava levando uma surra de seu cafetão. E é engraçado porque o coração do sujeito não estava totalmente amolecido ainda quando vê a violência acontecendo e não diz algo tipo “Ei, pare de bater nessa mulher, seu covarde!”. Na verdade, diz: “Vocês estão me atrapalhando a praticar violino!”. E pior que estava mesmo…
Já o caso de Adkins é bem diferente e eu não vou gastar tanto falando sobre ele. Seu personagem é um pouco mais genérico, mas o que o motiva é a vingança, o que garante a atenção. Ele quer que os responsáveis que espancaram sua esposa até a beira da morte estejam comendo capim pela raíz o mais rápido possível.
E como podem notar, o roteiro de ASSASSINATION GAMES se preocupa em construir um universo único e personagens elaborados, algo mais detalhado que muito “direct to video” que temos por aí (apesar de ter sido lançado comercialmente em alguns cinemas nos Estados Unidos). O problema é que tanto fosfato de roteirista gasto elaborando detalhezinhos na trama acabou deixando de lado o fato de que temos dois grandes astros do cinema de ação em um filme cuja própria ação é insuficiente. Não estou dizendo que o filme não tem ação. No entanto, não entra na minha cabeça ter Van Damme e Scott Adkins no elenco e colocar ceninhas rápidas e broxantes de tiroteio, um chutinho ali, um soquinho acolá… eu estava esperando uma puta sequência desenfreada com tiro comendo pra tudo quanté lado, estilo John Woo!!!
Não se preocupem que Van Damme e Adkins trocam alguns golpes e é a melhor coisa de todo o filme. Mas um final com um climax e muita ação, ficou devendo… É claro que se você espera um filme mais realista, com uma movimentação mais comedida, focado mais no drama dos assassinos e suas motivações do que na ação exagerada, este filme funciona muito bem. A história de fato é boa e, apesar dos pesares, o diretor Ernie Barbarash tem muito respeito pelos atores que tem em mãos. Especialmente Van Damme, que é filmado com uma certa reverência, como um veterano do gênero, do jeito que merece. E o belga corresponde com mais um desempenho seguro, mantendo a boa média de seus últimos filmes. Adkins esbanja o carisma de sempre e desta geração de atores ocidentais de ação e artes marciais, é disparado o melhor… se bem que o páreo é duro com o Michael Jai White. De qualquer maneira, ter estes dois sujeitos num mesmo filme, garante a diversão de qualquer amante do cinema de ação classe B.
E relevando o meu problema com a ação – e com a estética, o filme é todo num tom amarelado, que eu não vejo o porque disso – gostei de ASSASSINATION GAMES. Preferia o título anterior, WEAPON... mas enfim, o filme demonstra que ainda existe pessoas se esforçando pra fazer cinema de ação pra gente grande, que utilizam essas figuras truculentas e que filmam ação sem precisar esconder a incompetência chacoalhando a câmera… bem, no caso deste aqui, nas poucas cenas que temos, pelo menos.
25.8.11
24.8.11
23.8.11
A GAIOLA DA MORTE (1992)
ATRAÇÃO SATÂNICA (1989)
ZINGU! edição #48
22.8.11
BRAIN SMASHER... A LOVE STORY (1993)
Um textinho sobre BRAIN SMASHER... A LOVE STORY, um dos melhores filmes de Albert Pyun, no Radioactive Dreams.
Clique aqui para ler.
Clique aqui para ler.
15.8.11
12.8.11
THE CHALLENGE (1982)
direção: John Frankenheimer
roteiro: Richard Maxwell,John Sayles
É impressionante como um filme deste nível é subestimado. Só pela lista de nomes que aparece nos créditos, já merecia algum respeito. Claro que “nomes” não é sinônimo de qualidade, mas no caso de THE CHALLENGE é um destaque a mais de um puta filmaço!
Então vejamos, temos um diretor que aquela altura já possuia uma carreira de dar inveja a qualquer cineasta aspirante, John Frankenheimer; o ator preferido de Akira Kurosawa, Toshiro Mifune; um jovem roteirista e relevante diretor do cinema independente americano, John Sayles; Scott Glenn provavelmente interpretando o papel de sua vida e é a estréia de Steven Seagal no cinema, ainda atrás das câmeras, trabalhando como coordenador de artes marciais.
O lance do choque cultural é bem típico, nenhuma novidade, até porque não precisa de muita coisa, está tudo do jeito que tem de ser. E existem várias sequências de treinamento nas quais o protagonista desenvolve um estilo de luta e aprende certos valores que antes ignorava e etc. É uma espécie de encontro entre INFERNO VERMELHO (choque cultural) com KARATE KID (treinamento e todo blá blá blá). No início, temos um Scott Glenn jogado num sofá, bebendo cerveja, sem dinheiro, sem trabalho e depois de uma longa trajetória o sujeito se transforma em um nobre guerreiro. Talvez nem tão nobre assim. Enquanto Yoshida enfrenta os capangas armados de seu irmão com arco e flecha, estrelinhas e a tal espada sagrada, Glenn utiliza uma sutil metralhadora. O cara é samurai, mas não é bobo!
11.8.11
9.8.11
5.8.11
SINNERS & SAINTS (2010)
direção: William Kaufman
roteiro: William Kaufman, Jay Moses
Desde 2001, com FALCÃO NEGRO EM PERIGO, Johnny Strong não realiza nenhum trabalho como ator. Peraê, Johnny quem?! Pois é, eu também não fazia idéia de quem era o sujeito até vê-lo em SINNERS & SAINTS. Não me lembro dele no filme do Ridley Scott, nem em VELOZES E FURIOSOS e O IMPLACÁVEL. Mas depois de vê-lo aqui, bateu uma curiosidade… por que esse cara sumiu? Johnny Strong é nome de ator de filme de ação e o cara se completa com porte físico e uma atuação digna para o padrão do gênero. Enfim, todas essas características ele demonstra muito bem aqui em SINNERS & SAINTS, um belíssimo retorno ao cinema policial old school, com um protagonista casca grossa, espécie rara nesta era do politicamente correto.
SINNERS & SAINTS segue a mesma trilha de alguns clássicos policiais oitentistas, como VIVER E MORRER EM LA, por exemplo, com o protagonista destruido por problemas do passado e até um parceiro novato e certinho lhe é colocado para ajudar a resolver o caso. Longe de mim querer comparar os dois filmes, que são bem diferentes, até porque o do Friedkin é um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. Mas William Kaufman e seus roteiristas conseguem de alguma maneira dar um frescor aos clichês do gênero, a este tipo de trama tão desgastada, comprovando que com um pouco de criatividade e sem as frescuras do cinema atual, ainda é possível realizar um filme policial truculento!
Além disso, William Kaufman demonstra boa habilidade para sequências de ação de qualidade. Temos vários tiroteios tensos, bem elaborados, sem câmera chacoalhando, bem fácil de seguir e desprovido de qualquer CGI. Ação à moda antiga, do jeito que tem de ser! Também há algumas ceninhas de pancadaria que mantém o mesmo nível! SINNERS & SAINTS não é nenhuma obra prima do cinema policial e nem parece ter a pretensão de ser. O roteiro é previsível e simples, mas funciona extremamente bem como thriller policial com boas cenas de ação. Pra mim, é mais que suficiente!
4.8.11
3.8.11
2.8.11
NYMPHOMANIAC
"Como um radical cultural, eu não posso fazer um filme sobre a evolução sexual de uma mulher sem mostrar penetração. É uma coisa meio europeia... Mas isso não significa que será um pornô. É principalmente um filme com muito sexo e muita filosofia"
Lars Von Trier, sobre seu próximo trabalho, THE NIMPHOMANIAC.
Assinar:
Postagens (Atom)