Michael Moriarty é o protagonista da vez, um ex-ator que não bate muito bem da cabeça e que, por uma ocasião do destino, é pai de um dos famigerados bebês monstrengos. O filme começa com ele implorando pela vida de seu “filho” diante de um tribunal, com direito ao monstrinho rosnando e marcando presença dentro de uma jaula. A essa altura, as criaturas não são mais exterminadas. Ficamos sabendo que agora são enviadas a uma ilha e deixadas lá para viverem de alguma maneira, isoladas.
Mas ao invés de focar ISLAND OF THE ALIVE na ilha propriamente dita, o roteiro de Larry Cohen foca mais no drama do personagem de Moriarty. O sujeito fica marcado por ser pai de uma aberração e sua vida e sanidade degringolam gradativamente. Não consegue se relacionar direito com as pessoas, por exemplo, especialmente com as mulheres, mais especificamente com sua ex-mulher e mãe da criatura, interpretada por Karen Black. E a cada situação, demonstra que está perdendo controle mental...
E estamos apenas começando. Na verdade, descrever a história seria um trabalho árduo, porque acontece coisa pra cacete por aqui e a maioria nem faz muito sentido. Em determinado momento, por exemplo, Moriarty acaba fazendo uma expedição com um grupo na ilha dos monstros, lá ele desparafusa de vez, a maioria dos integrantes acaba dilacerada, e o protagonista acaba no barco de volta para o continente levando como passageiros as caricaturas. Como é o pai de uma delas, ele não é atacado, mas em seguida é atirado ao mar e vai parar em Cuba e precisa arranjar uma forma de voltar aos EUA... ou seja, um caos! Mas é daquele tipo de filme que não para, uma sucessão de eventos cada um mais bizarro que o outro. Não teve como não se divertir!
E além dessa narrativa desgovernada, mas que de alguma maneira me absorveu do início ao fim, outra coisa que diferencia ISLAND OF THE ALIVE dos outros exemplares é que desta vez me peguei torcendo pelo protagonista e os monstros (alguns já crescidos e de do tamanho de um ser humano)! Me pareceu mais interessante vê-los soltos estraçalhando suas vítimas e se dando bem do que levando chumbo no final. Outro detalhe é que agora a movimentação dos monstros são em stop motion, nada do Rick Baker por aqui. Mas gostei, ganharam mais visibilidade também... embora perca aquele tom misterioso envoltos nas sombras dos dois primeiros filmes. Os monstros mais adultos são pessoas vestidas e maquiadas de maneira bem tosca... mas tem aquele charme do horror "trash" (detesto essa palavra, geralmente muito mal utilizada. Espero que entendam o sentido pelo qual estou utilizando aqui).
Apesar dos elogios, obviamente este aqui é o pior filme da série. Não por ser ruim, longe disso, me diverti à beça com essa bizarrice, mas porque os dois primeiros são realmente magníficos! Possuem uma abordagem que vão além do horror e refletem algumas questões bastante interessantes. E o máximo que ISLAND OF THE ALIVE consegue ser é um "filme de monstro". Mas dos bons!
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