direção: Joseph Zito
roteiro: Chuck Norris, James Bruner
Sylvester Stallone confirmou esta semana a presença do homem, CHUCK NORRIS, no elenco de OS MERCENÁRIOS 2, e espero realmente vê-lo na tela grande em 2012, se tudo der certo e se o mundo não acabar. Então nada mais justo comemorarmos a sua volta relembrando um de seus melhores trabalhos! Na verdade, INVASÃO USA é o meu predileto da carreira do ator, um dos filmes mais marcantes do cinema exagerado de ação oitentista junto com COMANDO PARA MATAR, DESEJO DE MATAR 3 e alguns outros que fizeram um estrago na minha cabeça quando eu era apenas um rato de locadora precoce.
E INVASÃO USA teve um baita impacto! Poucos filmes utilizaram de maneira tão eficiente - para o mesmo propósito deste aqui - o ambiente urbano na cidade como uma zona de guerra, colocando a vida cotidiana dos pobres cidadãos mergulhados no terror! Depois do 11/09 seria algo inconcebível a idéia de um filme que mostra uma invasão ao país “mais poderoso do mundo” por terroristas estrangeiros, mesmo realizado de modo estilizado e exacerbado que a CANNON, que produziu o filme, costuma tratar seus produtos, como mera diversão, sem qualquer profundidade reflexiva. No caso de INVASÃO USA, ao menos temos um puta filme de ação que pode se orgulhar por trabalhar um tema "tabu" para os nossos dias!
A história é a seguinte: uma organização terrorista da Europa Oriental, comandada por Mikhail Rostov (o sempre ótimo Richard Lynch), tem um plano mirabolante de destruir os Estados Unidos de dentro pra fora! O objetivo é causar anarquia, colocando a população contra a polícia e o sistema, além, é claro, de explodir alguns alvos específicos com bazucas e explosivos de todos os tipos. O governo americano já não sabe o que fazer, as forças armadas lutam contra um inimigo invisível, disfarçados de cidadãos, policiais e até mesmo de oficiais do exército. Sabe-se apenas que Rostov está por trás de tudo e apenas um homem é capaz de detê-lo: Matt Hunter! Se existe um personagem, dentre todos que Chuck Norris já viveu, que se sobressai no quesito truculência, Hunter seria exatamente este cara!
Matt Hunter é um ex-agente da CIA, vivendo uma pacata vida nos pântanos da Flórida, caçando crocodilos, e que já possui um histórico contra o terrorista Rostov em seus anos de serviço. A princípio, Hunter não dá a mínima para o chamado de seu país para lutar contra o terror… eles que se virem! Mas é só pra dar um suspense. Como Rostov tem contas a acertar com o nosso herói, ele o ataca em seu habitat natural, destruindo sua casa, matando seu melhor amigo, causando um verdadeiro estrago na tranquila vida do ex-agente... ao menos o tatu bola de estimação sobrevive. Sendo assim, Hunter resolve aceitar a missão de acabar com a baderna dos terroristas.
Grande parte da reputação de “exército de um homem só” pela qual Norris é conhecido hoje, com todas aquelas listas de façanhas impossíveis referentes a ele, deve-se especialmente pelo seu personagem em INVASÃO USA. É incrível como Rostov demonstra ser um dos vilões mais sádicos do cinema de ação oitentista, fazendo vítimas à sangue frio, matando inclusive crianças, e quando escuta o nome “Matt Hunter” começa a se borrar todo! Nunca vi isso acontecer! Geralmente, os vilões são seguros de si e mantém suas poses de malvados até o fim, mas Rostov fica pra morrer só de pensar em Hunter… o sujeito não consegue dormir à noite com pesadelos onde Hunter diz “É hora de morrer…”! É um detalhe emocional deste confronto psicológico entre o bem, representado por Hunter, e o mal, de Rostov, que eu deixo para os psicólogos de plantão analisarem.
Já o roteiro é um achado! Tá certo que Matt Hunter é um homem de poucas palavras, mas quando abre a boca, o texto é genial! É sempre o tipo de coisa que se espera desses caras durões. “If you come back in here, I am gonna hit you with so many rights you are going to beg for a left!” é uma das minhas favoritas. Ele usa quando ameaça um brutamontes duas vezes maior que ele. No entanto, pouco é revelado da personalidade do personagem, o qual permanence até o fim com um ar misterioso. Sabe-se que ele curte um sci-fi clássico, como é mostrado na cena em que está deitado no quarto de hotel e esboça um sorriso para a TV enquanto assiste a um...
Pois é, o filme não tem um pingo de realismo, um dos motivos pra nunca terem lhe dado o devido respeito, apesar do tema do terrorismo contra os americanos como base da trama, algo que permanece "atual". Além disso, é o tipo de filme em que o herói e vilão não resolvem suas diferenças na diplomacia, nem em um simples tiroteio ou até mesmo com uma luta corpo a corpo, mas com o extremismo de um duelo de bazucas. E é nesses detalhes cartunescos e desmedidos que INVASÃO USA se destaca. É idiota, mas ao mesmo tempo absurdo, engraçado, truculento… um legítimo clássico.
Clássico Total...se Sly chamar Chuck Norris de Matt Hunter em seu novo Mercenários...muitos garotos dos anos 80 vão ter ejaculação precoce nos cinemas de emoção...hahahahahahahaha
ResponderExcluirSe algum dia eu tiver um filho macho vou registrar como Matt Hunter. Não é a toa que o russo se borra todo quando ouve o nome.
ResponderExcluirA perseguição com a loira pra fora do carro é do caraio. Só é superada pela perseguição do Fatal Termination, com a Moon Lee, onde a loira é trocada por uma garotinha. Insano!
Se houvesse justiça no mundo, esse filme seria laureado com todos os Oscars possíveis, inclusive um prêmio especial para Billy Drago, que faz uma participação nessa brilhante, magnífica, atemporal, fodapracaráio película!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirCaramba, esqueci de comentar a participação do Drago, que tem uma das mortes mais sádicas, sendo castrado à bala pelo Richard Lynch! Hehe
ResponderExcluirIsso sem contar a namorada do Drago, que vai cheirar uma carreirinha e tem o "canudo" enfiado no nariz ao levar uma porrada na cabeça! Do caralho!
ResponderExcluirE o aspecto ideológico como fica?
ResponderExcluirÀ época a crítica detestava esses filmes por ser produto da direita americana, depois de tanto tempo, isso importa?
Enfim, baixei o filme e vou fazer uma análise, do que ficou.
abs
Deve ter sua importância sim, com certeza. Mas no meu caso, não consigo me prender à esse tipo de aspecto. O que importa mesmo é o grau de diversão que o filme me proporciona... ;)
ResponderExcluirClássico bacana pra carvalho! Assisti por recomendação sua, Ronald, e amei mesmo! Burro, mas divertido. Ótimo texto.
ResponderExcluirAbs!