6.5.11

HUNT TO KILL (2010)

Eu tenho gostado do trabalho do Steve Austin em seus pequenos veículos de ação, embora só tenha visto até agora DAMAGE e este HUNT TO KILL. Obviamente não vamos compará-lo a um Marlon Brando no quesito talento dramático, mas o sujeito tem carisma quando faz um específico tipo de personagem, além de mandar bem em cenas de ação e pancadaria. Em DAMAGE, onde tentam construir uma figura mais complexa para o Austin, até que se saiu bem e o filme é um pretensioso (no bom sentido) estudo de persoangem em meio à violencia das lutas clandestinas. Já em HUNT TO KILL, o negócio é mesmo a ação e às favas com o roteiro!

Austin é um policial e experiente caçador, que vive nas florestas de Montana, perto da fronteira com o Canadá e entra numa enrascada quando precisa servir de guia dentro da mata para um grupo de assaltantes de banco que persegue um traidor. A gangue tem a filha de Austin como refém, e por isso o sujeito age com cautela e segue as ordens do grupo… mas como todo bom filme de ação bem clichezão, uma hora o cara vai ter de usar toda a sua habilidade em sobrevivência na floresta para exterminar cada um dos meliantes e salvar sua filha.

Gil Bellows interpreta um exagerado lider da gangue, que tem como um dos membros Gary Daniels, numa atuação discreta e supostamente mal aproveitada. Mas o fato é que Daniels marcou presença em HUNT TO KILL como um favor a pedido de Steve Austin, já que os dois se tornaram grandes amigos após contracenarem em OS MERCENÁRIOS. Apesar disso, a sequência na qual Austin e Daniels entram em combate físico contou com a coreografia deste último. É o grande momento do filme e que faz valer ao menos uma conferida!

O final também merece destaque. Aparentemente, tirando Gary Daniels, nenhum dos outros bandidos são grandes ameaças a Steve Austin, que quando finalmente entra em ação, acaba com cada um facilmente. Mas para a nossa surpresa, o vilão de Bellows consegue dar um trabalho imenso ao herói, transformando o gran finale num espetáculo de ação casca grossa que remete aos filmes dos anos oitenta, cheio de exageros, truculência e sem qualquer frescura!

O elenco conta também com a participação de Eric Roberts, numa ponta de respeito logo no início do filme.

HUNT TO KILL nunca vai ser uma obra prima do gênero, o roteiro é fraquíssimo e reaproveita toscamente a idéia de RISCO TOTAL, com o Stallone, e daqui algum tempinho já vai ser esquecido (exceto para os fãs de ação direct to video), mas é um bom trabalho do diretor Keoni Waxman (que fez alguns dos últimos filmes do Steven Seagal), tem um elenco interessante, bons efeitos especiais e uso da locação… pode ser visto sem muito compromisso que é diversão certeira!

4 comentários:

  1. O filme do Stallone é RISCO TOTAL e não RISCO MAXIMO

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  2. Valeu, Gélikom! Atualizei.
    Risco Máximo é o do Van Damme, que eu estou louco pra rever... acho um filmaço. Mas confundi, isso que dá ficar escrevendo às duas da manhã.

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  3. Gosto de ação descompromissada. Acho que verei esse.

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  4. O filme inteiro é uma VHS dos anos 90, do início ao fim. Algo que poderia muito bem ter sido lançado pela saudosa PM Entertainment.

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