30.5.12

THE HAUNTED SEA (1997)

Este aqui é para os fortes! Filmezinho de qualidade duvidosa que nem mesmo seu diretor quis apadrinhá-lo. O crédito foi dado a um tal de Daniel Patrick, que se trata de um pseudônimo do verdadeiro dono da criança, Dan Golden. Agora, os motivos que levaram o sujeito a renegar o próprio trabalho é algo um tanto obscuro e Golden não revela absolutamente nada. O amigo Osvaldo Neto, do blog Vá e Veja, já teve contato com o homem e, na entrevista que fizeram, o sujeito disse em um trecho “... one thing probably worth mentioning is my recent reunion with the lovely Krista Allen, who I'd directed years earlier on a thing called HAUNTED SEA (I used a pseudonym for reason’s having nothing to do with Krista, who was quite good in the film).” E Osvaldo, na sua vã insistência, não conseguiu retirar mais nada.

Mas tudo bem, se não podemos saber de fato o que aconteceu nos bastidores, ao menos podemos conferir o resultado na tela e… bem, dá pra ter uma noção das causas do Golden odiar HAUNTED SEA. O troço é muito ruim!

Por outro lado, temos em cena um elenco interessante para os afccionados por cinema de baixo orçamento, como James Brolin, Don Stroud, Joanna Pacula, Duane Whitaker e, claro, a gostosíssima Krista Allen que o Dan Golden citou alí em cima, protagonizando alguns momentos bem à vontade (ver imagem abaixo... como se eu precisasse avisar). Além disso, impera durante alguns momentos o fator comédia involuntária causada por um monstro misterioso que atormenta a tripulação do navio onde a história se passa, cuja fantasia tosca e fajuta me fez soltar boas gargalhadas!




O restante é uma frustrante tentativa de ser um ALIEN – O OITAVO PASSAGEIRO ambientado num navio, cheio de cenas em corredores escuros e claustrofóbicos, que não passam, na verdade, de longas sequências que se arrastam e quase nada acontece de fato. De vez em quando temos umas ceninhas de ação e gore com o monstro dando o ar da graça, além de alguns toplesses da Krista, que faz a alegria da moçada. Nem preciso dizer que pelo menos isso salvou a sessão de um completo desastre, né?

29.5.12

THE HUMAN CENTIPEDE II (2011)

Estava discutindo com alguns amigos sobre a existência de THE HUMAN CENTIPEDE II, filme de extremo mau gosto, repugnante, absurdamente nojento. Enfim, encontrei poucas pessoas que realmente gostaram deste show de violência escatológica sem sentido que quase me fez colocar o almoço pra fora. Mas eu gostei! Como isso é possível? É simples: é exatamente o filme que eu esperava! Nojento, repugnante e de extremo mau gosto! Não é nenhuma obra prima ou algo parecido, mas é o típico filme que você recebe pelo que paga. Eu "paguei" pra ver uma centopéia humana e tive uma centopéia humana, com direito a todas as consequências que isso acarreta, por mais demente que seja!

Filmado em preto e branco, a trama é sobre Martin (Laurence R. Harvey), um sujeitinho esquisito que não solta uma palavra sequer durante todo o filme. O negócio é que ele possui uma obsessão bizarra pelo filme anterior, A CENTOPÉIA HUMANA, e simplesmente decide fazer a sua própria centopéia. Aluga um armazém e começa a coletar as vítimas que farão parte de seu experimento. A idéia é bem besta, na verdade, e vários detalhes desse processo são  questionáveis, mas e daí? Deixem o sujeito praticar seu hobby em paz.


Se no filme anterior, o diretor Tom Six conseguiu a proeza de ser bastante clean, elegante e mesmo assim mexeu com os nervos do espectador – além de criar um dos grandes vilões do cinema de horror da nossa geração, o médico maluco Dr. Heiter, vivido por Dieter Laser – em THE HUMAN CENTIPEDE II, o sujeito resolveu chutar o balde! Todo o sangue, visceras e excremento que ficaram de fora do primeiro filme é jogado na platéia sem concessão alguma!


Então não é muito difícil entender porque o filme ganhou tantos detratores. Além de visualmente pesado, a história é frágil e não justifica toda a violência que, realmente, só existe com a intenção de chocar gratuitamente. No entanto, ninguém pode culpar o filme por não entregar o que prometeu! Até concordo que seja um tanto doentio apreciar algo com esse nível de imbecilidade, que goza de uma fila de pessoas com suas bocas costuradas no ânus do indivíduo da frente. Só que ao mesmo tempo, é difícil pra mim não respeitar a ousadia de um diretor que tenta levar seu cinema além dos limites do que é aceitável, e que não dá a mínima para o "mimimi" do público. Um filme que causa tanto transtorno tem seus méritos, sem dúvida alguma!

E que venha logo o terceiro exemplar da série!

27.5.12

THE INNKEEPERS (2011)

Da nova geração de diretores de horror, Ti West surge como um dos mais interessantes com THE INNKEEPERS, filme simples de casa mal assombrada, nada muito original, mas com certa ousadia, o sujeito consegue trabalhar o tema com muito estilo, atmosfera, um elaborado clima de horror que me impressionou bastante, e com personagens tão bem construídos e desenvolvidos que dá até vontade de assisti-los em seus cotidianos e conversando entre si do que vê-los em situações aterradoras. Embora tenha ficado com o c#!$ na mão em algumas sequências assustadoras!

Sim, eu sinto medo vendo bons filmes de horror! E não tenho receio de falar, eu faço questão de sentir medo vendo um bom filme de horror. Se é esse o objetivo da fita, qual é o sentido de assistir sem “borrar as calças”? Tá certo que não é nenhum medo que vá me tirar o meu sono à noite, parece mais uma angústia passageira, mas determinados filmes conseguem trazer fortes sentimentos à tona. E THE INNKEEPERS conseguiu.

A força se concentrar na boa história e ótimos personagens, não quer dizer que as sequências de horror ficam em segundo plano! A maneira como se cria o suspense atmosférico cena a cena até a ruptura, quando o bicho pega prá valer, é de gelar a espinha! Até os sustos, explorados de maneira tão gratuita pelo cinema de terror atual, conseguem fazer sentido e aumentam o batimento cardíaco do espectador neste aqui.


A trama se passa no último fim de semana de um antigo e grande hotel que fechará suas portas por causa do baixo rendimento. Sabe-se da existência de uma alma perturbada que faz parte de uma antiga lenda que cerca o local e temos esse casal protagonista, os últimos funcionários do hotel, curiosos sobre assuntos paranormais, determinados a registrar alguma movimentação do além… é bem interessante esse lance dos personagens irem atrás de situações assustadoras para se divertirem do que fazer uma busca mais séria, mas sem descambar para o humor. Existe apenas um senso de diversão na determinação, especialmente por parte da mocinha (a excelente Sara Paxton), usando esses últimos momentos do hotel para encontrar evidências paranormais.


As sequências das descidas ao porão do hotel, por exemplo, são realmente assustadoras e dão uma sensação forte de claustrofobia. Fazem das cenas hiper-realistas de ATIVIDADE PARANORMAL um programa infantil. É a prova de que uma boa construção dramática de horror é muito mais eficaz e fascinante que essas tentativas de levar uma verdade falsa para a tela… por mais que eu não ache ruim essa série supracitada.

Enfim, não sei se THE INNKEEPERS chegou a passar nos cinemas ou foi lançado de alguma maneira por aqui, mas é um programa imperdível para quem curte exemplares que bebem da fonte sagrada do legítimo horror atmosférico.

25.5.12

POST SAFADO, UMA HOMENAGEM A TINTO BRASS

Recebi uma notificação por email do Google ADSENSE, departamento que coloca anúncios em blogs e sites, informando que eu estava utilizando do serviço de uma maneira que não está em conformidade com as políticas moralistas do programa deles. E deram este exemplo aqui, dizendo que não posso colocar anúncio em páginas com conteúdo pornográfico… hã?! Pornográfico?! Enfim, pediram para que eu retirasse o post e quaisquer outros que tenham o mesmo conteúdo… ou seja, uma boa porcentagem do blog.

Como essa merda nunca me rendeu um centavo e se trata de um bando de moralistas, retiro essas porcarias de anúncios e aproveitando que implicaram justamente com o post do Tinto Brass, faço uma homenagem a esse querido diretor italiano com imagens que demonstram a difícil tarefa de fazer cinema:

















18.5.12

OS ESPECIALISTAS (Killer Elite, 2011)

Eu havia assistido ao OS ESPECIALISTAS no ano passado e, embora não tenha achado ruim, senti que faltou alguma coisa, não era bem o filme que eu esperava. Passado tanto tempo – e no meu dever de cobrir o cinema de ação atual aqui no meu recinto – resolvi escrever algumas coisas agora, até porque pensando hoje, percebo que o filme cresceu na minha cabeça... mas só um pouquinho.

Primeiro é preciso esquecer o trailer, que prometia ação explosiva, juntando Robert De Niro, Clive Owen e Jason Sthatam em tiroteios, perseguições e pancadarias sem fim. Obviamente OS ESPECIALISTAS possui sua dose de ação, mas segue mais a tradição dos elegantes filmes de espionagem, Men in a Mission, (faria uma boa sessão dupla com MUNICH, do Spielberg) e olhando por esse prisma, até que não é nada mal…

Para quem ainda não viu, a trama se passa nos anos 80 e é sobre um ex-agente secreto, vivido pelo Sthatam, tentando levar uma vida pacata no interior da Austrália depois de anos de serviços prestados trocando tiros com terroristas. Como o roteiro precisa dar ao filme um pouco mais de emoção que isso, o sujeito é convocado por um Sheik em Dubai que lhe oferece a recompensa de alguns milhões para eliminar alvos que foram responsáveis pela morte de seus três filhos.


Sabendo que o protagonista provavelmente não aceitará a missão, apesar da bela grana, eles resovem dar um incentivo a mais para convencê-lo do serviço: sequestram o velho mentor de Sthatam, encarnado pelo De Niro, e tudo bem se não quiser aceitar a missão, mas acho que o De Niro teria que “acordar” com a boca cheia de formiga, se é que me entendem… Então ele aceita, monta uma equipe para o trabalho e o filme se desdobra nos planejamentos da missão, na burocracia que é tudo isso e na execução de cada alvo, que nem sempre tende a ir para uma sequência de ação.


Apesar do Sthatam ser claramente o astro de OS ESPECIALISTAS, o personagem mais interessante é o do Clive Owen. Ele é a principal pedra no sapato de Sthatam, mas não é exatamente um vilão. E é até legal notar que se o filme fosse editado de outra maneira, daria para transformá-lo no “mocinho” facilmente. Mas o que importa mesmo é que o Sthatam e Owen protagonizam a cena mais bacana do filme, uma luta corpo a corpo frenética e tensa, filmada com bastante energia pelo “marinheiro de primeira viagem”, Gary McKendry. A sequência se passa dentro de uma sala de hospital e é sem dúvida alguma o grande ponto alto do filme.


De vez em quando surgem alguns detalhes que me desagradam bastante (nesse tipo de filme) só para me encher (como a atenção dada ao par romântico de Sthatam no final, algumas reviravoltas forçadas e desnecessárias, etc). É nessas horas que lembro porque o resultado poderia ser muito melhor! Falta alguma coisa que a grande parte dos realizadores de filmes de ação atual não conseguem encaixar para chegar no nível do que tínhamos antigamente, a sensação é essa… Mas como disse, está longe de ser um filme ruim, a trama é sólida, o elenco está bem (apesar do De Niro ainda não conseguir ser aquele De Niro), visual bem elaborado e alguns ótimos momentos. Nas mãos de certos diretores, poderia ser bem pior.

PASSION - Poster

17.5.12

TRAILERS

Trailer oficial de GANGSTER SQUAD, de Ruben Fleischer. 
Gangster movie com um puta elenco.



Teaser de DRÁCULA 3D, de Dario Argento. Efeitos de computação gráfica e Argento realmente não combinam. Pode sair coisa boa (Rutger Hauer no elenco!), mas estou meio com o pé atrás...



Teaser de MANIAC, de Franck Khalfoun. Refilmagem do clássico de William Lustig, que provavelmente será uma porcaria. Mas acertaram muito a mão nesse teaser. Quem sabe não sai algo interessante?

16.5.12

A CASA DOS MAUS ESPÍRITOS (House on Haunted Hill, 1959)

Dizem que quando Hitchcock observou os ganhos de bilheteria de um modesto filme B de terror chamado A CASA DOS MAUS ESPÍRITOS, de William Castle, decidiu que também precisava dirigir algo do gênero, com um orçamento discreto, só pra ver o que acontecia. Poucos anos depois, surgiu PSICOSE, celebrada produção que dispensa apresentações. Não tão lembrado assim, infelizmente, é o filme do Castle, um belíssimo exemplar de casa mal assombrada estrelado pelo grande ícone do horror, Vincent Price.

A trama é bem simples, possui o suficiente para criar situações atmosféricas de medo – pra época, claro – e divertir o público. Cinco pessoas com problemas financeiros são convidados a irem até uma velha mansão cuja fama de ser assombrada por espíritos é conhecida por todos. O misterioso anfitrião, Frederick Loren, vivido por Price, lhes oferece dez mil dólares para quem conseguir passar a noite na casa. Simples assim. Não demora muito para que coisas estranhas comecem a acontecer… E aí? Será que eles duram a noite toda?

No livro O Cemitério Perdido dos Filmes B, o meu amigo Cesar Almeida, em sua crítica sobre FORÇA DIABÓLICA (The Tingler, 1959, dirigido pelo mesmo indivíduo deste aqui), narra com precisão as famosas peripécias marketeiras do diretor e produtor William Castle para atrair público, como por exemplo, entregar apólices de seguro de vida caso o espectador morresse de medo durante a sessão do filme MACABRE (1958). No caso de A CASA DOS MAUS ESPÍRITOS, um esqueleto fosforecente sobrevoava a platéia em algumas cenas mais aterrorizantes.



Mas o mais importante de tudo é que além de ótimo marketeiro, Castle também sabia fazer cinema. Possuia uma noção muito aprimorada na construção de uma atmosfera de horror, na condução engenhosa do suspense e até mesmo nos truques gratuitos com a única intenção de assustar o público – da época – e que hoje não passam de ingênuas tentativas de provocar alguma reação aterradora, mas demonstram imensa criatividade e habilidade técnica. A fotografia em preto e branco também é excelente e vale a pena assistí-lo dessa maneira, e não na versão colorizada que o DVD nacional também traz.

E não poderia finalizar sem mencionar o show à parte de Vincent Price, cujas aparições em cena, sempre expressivo e imponente, lhe garantem o devido destaque.



Em 1999, saiu uma refilmagem de A CASA DOS MAUS ESPÍRITOS. Com um elenco formado por Geoffrey Rush, Jeffrey Combs, Chris Kattan, Peter Gallagher e a musa Framke Janssen, recebeu o título por aqui de A CASA DA COLINA. Nunca assisti… alguém sabe me dizer se presta?

4.5.12

MISSÃO PERIGOSA, aka Avenging Angelo (2002)

Quem olha esse cartaz com o Stalone fazendo cara feia e apontando uma arma, corre o risco de pensar que se trata de um pequeno filme de ação obscuro e pouco comentado, que talvez mereça uma redescoberta ou algo do tipo. Na verdade, MISSÃO PERIGOSA  está longe disso e se não foi redescoberto, espero que continue assim! O filme não passa de uma comediazinha romântica das mais cretinas, não muito diferente dessas coisas horrorosas estreladas pela Sandra Bullock ou Jennifer Aniston e algum galã da atualidade… argh! Ou talvez seja pior!

Lembro quando chegou nas locadoras e, na época, não tive a mínima vontade de ver, mas como admirador do Stallone, quero conferir TUDO que o sujeito já fez. O problema são essas bagaceiras realizadas numa certa fase negra, início da década passada, e que antecede o maravilhoso ROCKY 6 (que colocou o Stallone de volta nos eixos). São três ou quatro exemplares, no máximo, mas cada um de dar vergonha alheia... alguém se lembra daquela produção no qual o Sly é piloto de corrida?! Aquilo é o cúmulo do ridículo para quem é ícone de toda uma geração fanática pelo cinema de ação oitentista.

E já que perdi meu tempo vendo essa baboseira, vou perder mais ainda escrevendo algumas palavras que deve servir de alerta ao fiel amigo leitor que ainda não assistiu a porcaria que temos aqui. A trama é centrada na personagem da Madeleine Stowe, uma ricaça meio maluca que descobre que é filha de um mafioso (Anthony Quinn) assassinado recentemente e agora possui um guarda costa (Stallone) 24 horas na sua cola para protegê-la de outros mafiosos. Aos poucos, ele se apaixona por ela e… putz, o sujeito devia estar realmente precisando de dinheiro pra entrar numa dessa.


MISSÃO PERIGOSA aposta exatamente na interação e química dos protagonistas, que passam o filme inteiro dentro de uma mansão conversando bobagem, tentando criar situações engraçadas e falhando enormemente nesse sentido. Todas as fórmulas patéticas das comédias românticas “água com a açúcar” estão lá, só que com um ator do calibre do Stallone marcando presença pra enganar a moçada, atrair marmanjos que esperavam algo totalmente diferente. O cartaz e o título nacional não ajudam em nada.


E o pobre Anthony Quinn, coitado, décadas de dedicação ao cinema, entregando memoráveis atuações em clássicos de grande importância, acabando a carreira nessa fita vagabunda. As filmagens ainda aconteciam quando o ator morreu. Lastimável… Depois dessa, só revendo algum RAMBO, ROCKY ou COBRA para me desintoxicar… e pensar que ainda não assisti a refilmagem de GET CARTER, estrelada pelo Sly! Ui!

1.5.12

THE KILLING MACHINE, aka THE KILLING MAN (1995)

Taí um filme boicotado pelas suas próprias ambições. É um caso estranho, alguns amigos gringos, por exemplo, elogiam a sua seriedade, a maneira como a história se constrói e a atuação do Jeff Wincott. Concordo com algumas coisas, mas pessoalmente, um longo tempo perdido com situações pretensiosas - que não envolvem sequências de ação - é algo que me aborrece… e THE KILLING MACHINE é bem irregular nesse sentido.

Um dos pontos que eu concordo plenamente com quem realmente gosta do filme é a atuação do Wincott. Estou apenas inciando no cinema do cara e, levando em conta seu desempenho, comecei com o pé direito. Na trama ele interpreta Garret, um sujeito que é salvo por um órgão misterioso do governo (chefiado pelo Michael Ironside) após ter 70% de seu corpo queimado num tiroteio. Trancado numa instalação secreta, Garret tem seu corpo e face reconstruidos, realiza treinamentos de combate corporal e armas, sobra tempo até para comer um enfermeira loura e peituda!



Como pagamento por tudo que o governo lhe fez, salvando-lhe a vida, reconstruido o corpo, além dos cuidados especiais recebidos pela enfermeira, Garret é obrigado a trabalhar para Ironside como assassino profissional. Logo, é enviado numa missão com uma lista de alvos a serem eliminados, ao mesmo tempo em que começa a questionar filosoficamente sua existência como matador.

O problema é que o diretor David Mitchell e o produtor/roteirista Damian Lee não parecem conseguir acompanhar suas próprias pretensões artísticas. E à medida em que THE KILLING MACHINE se torna uma espécie de filme de ação existencialista, torna-se também um troço extremamente chato e sem ritmo. E não tem coisa mais infeliz que filme de ação sem ação, a não ser que você seja um Walter Hill, Michael Mann, Nicolas Winding Refn, Quentin Tarantino, Johnnie To, etc…


Dito tudo isso aí em cima, e tirando esses detalhes negativos, o filme não é tão ruim assim quanto parece. Quando a trama começa com a vibe filosófica, por exemplo, a coisa fica até interessante. É uma tentativa válida. O problema é quando o roteiro insiste seguir nesse caminho por muito tempo, esquecendo dos elementos básicos dos filmes de ação de baixo orçamento. Inclusive os assassinatos que fazem parte das missões de Garret acabam sendo frustrantes.



A presença de Michael Ironside é um dos pontos fortes. Mas isso é óbvio, o sujeito é um puta ator e tê-lo num exemplar irregular como esse aqui faz com que seja um grande destaque. No climax final, temos bons tiroteios, algumas sequências de pancadaria, nada fora do comum, mas diverte tranquilamente. Se tivéssemos mais disso durante THE KILLING MACHINE, o saldo seria mais positivo.

E vá lá, o esforço de tentar fazer algo diferenciado dentro do cinema classe B de ação é nobre. Acho importante que isso aconteça de vez em quando. Infelizemente não deu muito certo por aqui e os realizadores não perceberam a tempo.